Especialistas defendem telemedicina. O desafio será definir doentes a seguir à distância

08/06/21
Especialistas defendem telemedicina. O desafio será definir doentes a seguir à distância

O presidente da Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC), Prof. Doutor Lino Gonçalves, defende que a telemedicina deve manter-se, mas salienta que a questão crítica nas consultas é definir quais os doentes que podem ser seguidos à distância.

O especialista, sublinhou, em comunicado, as vantagens do seguimento à distância para alguns casos, dando igualmente o exemplo de um projeto piloto na área da telemonitorização no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).

Os dados desta experiência, que acompanha 30 doentes, mostram que com a monitorização à distância “se conseguiu evitar reinternamentos em 68% dos casos”. Explicou ainda que “depois da alta, alguns doentes com insuficiência cardíaca grave, viram instalada na sua residência tecnologia que permite transmitir sinais à distância e que permite identificar precocemente as descompensações e intervir atempadamente”.

O novo presidente da SPC esclareceu, ainda, que, nas consultas externas, a questão crítica vai ser a definição dos critérios e das situações em que a consulta presencial é essencial, como, por exemplo, as primeiras consultas. “Para alguns doentes selecionados, as consultas poderão manter-se à distância, salvaguardando sempre a segurança para o doente”, afirmou.

Apontou também as experiências já existentes na área da telesaúde, entre profissionais de saúde e hospitais e centros de saúde. “Permite resolver problemas a distância, dando apoio aos cuidados de saúde primários e evitando deslocações de doentes aos hospitais”, afirmou.

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