Anualmente, cerca de 2500 idosos são operados em Portugal ao coração devido à estenose aórtica, a doença cardíaca mais comum e que se caracteriza por um desgaste da válvula aórtica.
O tratamento da estenose aórtica passa por um implante de uma válvula nova através de cirurgia de peito aberto ou, de forma menos invasiva, de um implante percutâneo, que permite a colocação da válvula cardíaca por uma incisão de meio centímetro.
De acordo com o Dr. Rui Campante Teles, cardiologista de intervenção e presidente da APIC, “nos últimos anos, este número de intervenções tem vindo a crescer, já que com o aumento da esperança média de vida, muitos destes doentes ao fim de uma ou duas décadas têm que enfrentar uma segunda intervenção de substituição da válvula artificial degenerada.”
E acrescenta: “em Portugal, esta intervenção é atualmente feita por via minimamente invasiva com menor risco para os doentes e com uma recuperação mais rápida. Só em 2015, uma em cada vinte intervenções por via percutânea deveu-se precisamente a uma substituição de uma válvula artificial degenerada, com resultados muito bons para os doentes, que veem assim recuperada a sua qualidade de vida”.
Em Portugal, o tratamento das válvulas por cateterismo (o implante percutâneo da válvula), está a aumentar, acompanhando o panorama mundial. Este método permite o implante de uma válvula cardíaca através de um pequeno tubo que é introduzido na artéria, não sendo necessário a abertura da caixa torácica, facilitando muito a recuperação e diminuindo o risco.
A estenose aórtica é uma doença que se caracteriza pelo aperto da válvula aórtica, cuja função é evitar que o sangue bombeado pelo coração volte para trás. Quando existe este estrangulamento o sangue passa com dificuldade, provocando cansaço, dor no peito e desmaios Em todo o mundo, mais de 300 mil pessoas sofrem de estenose aórtica grave e, em Portugal, esta patologia atinge 30 mil pessoas.