Este novo método representa mais um passo na medicina personalizada que permitirá escolher o melhor tratamento para os doentes com cancro colorretal avançado de forma mais rápida, menos invasiva e muito sensível.
Uma vez que cerca de 55% dos doentes com cancro de colorretal metastático apresentam mutações nos genes KRAS ou NRAS e respondem de forma distinta aos tratamentos existentes, torna-se essencial a utilização deste tipo de tecnologias de grande sensibilidade para detetar as mutações.
A nova metodologia para pesquisa de mutações nos genes KRAS e NRAS em DNA tumoral circulante utiliza a amplificação baseada em esferas de emulsões de água em óleo e também hibridização alelo-específica seguida de deteção por citometria de fluxo.
O novo teste pode ainda ser utilizado para monitorizar a resposta ou a resistência do tumor ao tratamento ao longo do tempo.
Este avanço foi possível devido a uma parceria estabelecida entre o IPO-Porto e as empresas Merck Portugal e Sysmex, e ao investimento do hospital na criação de um laboratório específico para esta utilizar esta metodologia.