Na opinião do presidente da SPMI, que tomou posse no 24.º Congresso Nacional de Medicina Interna, que decorreu entre 31 de maio e 3 de junho, em Albufeira, este “é um dos pontos fundamentais do mandato da nova direção”, sublinhado que é uma matéria com várias implicações.
“Em primeiro lugar, o novo programa terá de se adaptar à nova realidade da formação, passando pela hospitalização domiciliária e importância dos internistas nos serviços cirúrgicos", considera o especialista, que fala em "novas realidades que não existiam e que agora têm de ser contempladas no novo programa de formação”.
Por outro lado, o presidente da SPMI considera que devem também ser bem definidas as áreas dos estágios opcionais, de forma a que sejam corretamente avaliadas as competências que os internistas vão adquirir.
“É um passo decisivo no caminho da certificação individual e, futuramente, da certificação das unidades de tratamento. É uma etapa absolutamente decisiva para que a Medicina Interna se afirme, sobretudo nas áreas em que há conflito com outras especialidades e em que não podemos correr o risco de os internistas serem arredados do tratamento dos doentes".
O Prof. Doutor João Araújo Correia reiterou, ainda, que as boas relações e o trabalho conjunto entre a SPMI e o Colégio são um ponto basilar para o crescimento da Medicina Interna, deixando ainda o desejo de que este mandato seja lembrado pela concretização de projetos, sendo este um primeiro exemplo.
Neste sentido, o Prof. Doutor Armando Carvalho, presidente do Colégio, esteve também presente nesta reunião de trabalho e sublinhou a “excelente colaboração” entre o Colégio da Especialidade e a SPMI. “Estas reuniões conjuntas são muito importantes, pois são médicos com vasta experiência no campo da formação e que lutam pela qualidade da Medicina Interna", afirmou. "Com este trabalho conjunto temos maior massa crítica e assim envolvemos a SPMI nas atividades do Colégio, intrinsecamente mais ligadas à formação médica e defesa da qualidade do exercício da profissão”, acrescenta.
O especialista destacou a importância destas reuniões, "que vai balizar toda a formação dos internos de Medicina Interna, mas também ajudar a definir o nosso papel como especialidade". Por isso, considera que "é fundamental que o Colégio tenha a opinião da maior parte dos internistas”.