A edição de 2018 tem procurado responder a uma maior procura deste tipo de formação que, segundo alguns participantes, coloca em discussão importantes “temas que deviam ser tratados com mais frequência”. Para outros os aspetos mais destacados são a “abordagem detalhada da fisiopatologia da dor neuropática, os mecanismos e opções farmacológicos e as áreas de intervenção”.
Compreender a neuropatia diabética, os métodos de rastreio e diagnóstico, conhecer a prevalência da doença, os fatores de risco para o seu desenvolvimento, avaliar as potenciais consequências associados e perceber a importância dos níveis de vitaminas B em doentes diabéticos são alguns dos principais temas em destaque.
Com especial foco no diagnóstico, a ação procura chamar a atenção para determinados quadros clínicos, assim como para a realização diagnóstico diferencial entre outras patologias. Trata-se de uma doença que se manifesta sobretudo através de sintomas como dormência ou sensação de queimadura nos pés, formigueiro, picadas, sensação de choques elétricos nas pernas e pés, desconforto e/ou dor e com perda da sensibilidade protetora, entre outros.
Como explica a Dr.ª Ana Luísa Costa, médica e formadora da APDP, “a neuropatia corresponde a um quadro de lesões nos nervos sensoriais, autónomos e/ou motores que afetam diferentes fibras nervosas. A neuropatia periférica ocorre quando há lesão no sistema nervoso periférico, podendo ser acompanhada de dor neuropática em 50% dos casos e em cerca de 8% da população geral”.
Atendendo aos estudos que revelam que a neuropatia diabética é a complicação mais prevalente e que uma em cada três pessoas poderão evoluir para um quadro debilitante, esta é uma formação que procura promover o diagnóstico precoce da neuropatia diabética. Trata-se de uma patologia cujos sintomas numa fase inicial acabam por ser ignorados pelos doentes, sendo que na maior parte dos casos é diagnosticada apenas num estado avançado e quando é difícil de tratar.