Todos os 31 bebés incluídos no estudo receberam os cuidados habituais na unidade de Neonatologia. Destes, 15 receberam células estaminais do seu sangue do cordão umbilical, em média 7 horas após o nascimento, enquanto os outros 16 receberam uma solução salina, placebo.
Ainda que a diferença não tenha sido estatisticamente significativa, registaram-se menos complicações nos bebés que receberam células estaminais. Os investigadores concluíram também que se deu redução significativa do tempo de suporte respiratório de que estes bebés necessitaram, relativamente aos que receberam placebo. Se os bebés que receberam as suas células estaminais necessitaram de ventilação mecânica e oxigénio, em média durante 3 e 5 dias, os bebés que receberam placebo precisaram de suporte respiratório o dobro do tempo.
De acordo com os autores do estudo, o facto de serem células do próprio bebé, pouco manipuladas e sem adição de químicos, contribuiu para a segurança do tratamento.
Anualmente, estima-se que nasçam cerca de 15 milhões de bebés prematuros a nível mundial. Estes podem vir a sofrer várias complicações, principalmente por o desenvolvimento dos diferentes órgãos ficar comprometido, apesar da evolução dos cuidados neonatais. O cérebro e os pulmões são dois dos órgãos mais afetados, podendo alguns prematuros sofrer sequelas para toda a vida.