O contexto da COVID-19 veio fomentar a utilização da telemedicina, como forma de combater as consultas perdidas e cumprir as listas de espera e tempos de resposta para consultas. Números partilhados no portal da transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS) apontam que as consultas de telemedicina aumentaram 35% entre janeiro e abril deste ano face ao período homólogo de 2019, e este aumento foi de 50% no mês de abril.
O Programa de Aceleração Tecnológica na Saúde é a grande aposta das duas entidades para acelerar o processo de conversão para o digital. Este programa arranca já no dia 25 de junho e é dirigido a todos os hospitais e Agrupamentos de Centros de Saúde do SNS e a todos os seus profissionais de saúde e de gestão.
O projeto contempla duas mesas redondas digitais − uma com o objetivo de potenciar a colaboração em rede e outra para aumentar a proximidade através da telessaúde – que contam, entre outros, com a participação do Dr. Luís Goes Pinheiro, presidente da SPMS, Dr. Miguel Guimarães, bastonário da Ordem dos Médicos e Dr.ª Maria Neto, delegada de saúde regional do Norte. Serão ainda disponibilizados diversos cursos de e-learning na Academia Digital APAH, que irão tratar as ferramentas digitais necessárias para potenciar o trabalho colaborativo e otimizar a proximidade com o doente através da telessaúde.
De acordo com o Dr. Alexandre Lourenço, presidente da APAH, “este é o momento certo para reforçar a aposta na telessaúde” que foi imposta pela pandemia, sendo urgente “dotar todos os intervenientes das ferramentas necessárias para que possam ser utilizadas de uma forma eficaz e efetiva, de modo a que as mais-valias sejam claras para todos”.
Também o Dr. Luís Goes Pinheiro defende que é essencial “a criação de sinergias efetivas entre os atores da saúde, que permitam tirar proveito da capacidade instalada e potenciar a partilha de informação e conhecimento”, reconhecendo que “a tecnologia atuará como um dinamizador do encontro entre os profissionais de saúde e os cidadãos, contribuindo para a prestação de cuidados de qualidade e para a essencial equidade no acesso aos mesmos”.
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