Os antibióticos são medicamentos amplamente prescritos e necessários para combater as infeções bacterianas, mas que provocam alterações no equilíbrio e diversidade da microbiota intestinal – disbiose – e, como consequência, podem desencadear diarreia. A disbiose ocorre em 100% das pessoas quando tomam antibióticos e a prevalência da DAA nos adultos é de uma em cada três pessoas. Uma das consequências deste efeito secundário é o abandono da terapêutica antimicrobiana. No entanto, vários estudos demonstram que certas estirpes de probióticos recuperam a microbiota intestinal alterada e ajudam a prevenir e a tratar a diarreia.
“O curso de Intervenção Farmacêutica na Diarreia Associada aos Antibióticos tem a missão de dar a conhecer os probióticos que têm este efeito protetor. Ou seja, pretende fazer uma atualização de conhecimentos sobre este problema de saúde ‘evitável’, a sua prevenção e o seu tratamento, nomeadamente fazendo uma atualização sobre os probióticos que contam com evidência clínica nesta indicação”, explica a Dr.ª Paula Iglésias, farmacêutica comunitária e responsável pelo conteúdo formativo.
“O farmacêutico pode desempenhar quatro funções muito importantes: identificar os doentes com risco elevado de desenvolver DAA, recomendar um probiótico adequado em função da prescrição de um antibiótico, alertar os utentes para a importância desta associação e fomentar a adesão à antibioterapia prevenindo os efeitos secundários associados à sua toma”, acrescenta.
A responsável sublinha ainda que a diarreia associada a antibióticos pode ser definida como fezes líquidas ou pastosas três ou mais vezes em 24h, que pode surgir desde o início do tratamento com antibiótico até dois meses após a toma.
“Os antibióticos de largo espectro podem afetar aproximadamente 30% das bactérias da microbiota intestinal, causando uma rápida e significativa alteração na riqueza taxonómica, na diversidade e na estabilidade. Daí que seja fundamental dotar os farmacêuticos de conhecimentos diferenciados para que saibam quando e como intervir”, justifica.
“Esta formação tem, por isso, um papel muito importante no aumento da adesão ao tratamento com antibiótico; na diminuição da resistência aos antibióticos e dos seus efeitos adversos; além de, promover o equilíbrio da microbiota intestinal e prevenir doenças intestinais e extraintestinais a longo prazo causadas pelo desequilíbrio da microbiota”, conclui a Dr.ª Paula Iglésias.
A formação é acreditada pela Ordem dos Farmacêuticos com 0,3 CDP e encontra-se disponível em www.mybiocodex.pt, uma plataforma exclusiva para farmacêuticos e técnicos de Farmácia.