Assim, tem como objetivo formar os profissionais para que compreendam as várias patologias que provocam a vertigem, tontura e desequilíbrio, sendo que existem “mais de trezentas causas” para estas patologias, “pelo que um correto diagnóstico constitui um pilar fundamental” na abordagem destes doentes, como nos explica a Dr.ª Rosa Castillo. A coordenadora do curso reforça ainda que é necessária esta formação e especialização de modo a que os médicos consigam dar um correto diagnóstico aos doentes, uma vez que estes sintomas “são extremamente incapacitantes para quem deles padece, provocando muitas vezes ansiedade e depressão associada”.
Para isso, este Webinar vai dar aos especialistas de Medicina Geral e Familiar (MGF) as principais orientações para a abordagem destes doentes na prática clínica, debatendo os seguintes temas: a orientação na consulta do doente com vertigem; a patologia aguda, e a patologia recorrente ou crónica. O evento tenta aproximar assim os médicos de MGF à vertente de diferenciação em Otorrinolaringologia na área vestibular, terminando com questões e um debate aberto. Os oradores do webinar serão o Dr. Gabriel Pereira, otorrinolaringologista no Hospital da Luz; o Dr. Victor Correia da Silva, coordenador do serviço de Otorrinolaringologia e Diretor Clínico do Hospital CUF Porto; e a Dr.ª Rosa Castillo, coordenadora do curso e da Unidade de vertigem do Hospital CUF Porto.
A Dr.ª Rosa Castillo explica também que, considerando que os especialistas de MGF são a primeira linha de consulta para a população em geral, torna-se fundamental este tipo de formações de modo a melhor orientar diagnóstico e tratamento dos doentes e referenciando quando necessário para a especialidade. “Por exemplo, é importante que o médico de MGF saiba identificar um doente com VPPB (vertigem posicional paroxística benigna), a causa mais frequente de vertigem atualmente, sendo isto feito com uma simples manobra na consulta. Também é fundamental que o clínico saiba diferenciar nos síndromes agudos as causas periféricas (por exemplo, uma nevrite vestibular) das causas centrais (por exemplo, um AVC do tronco cerebral), uma vez que o prognóstico da patologia grave depende de um correto e precoce diagnóstico e tratamento”, exemplifica.
Para que haja esta orientação, é necessário conhecer as situações que serão objeto de encaminhamento para a especialidade, como é o caso das “patologias crónicas”, das “dúvidas diagnósticas” e do “tratamento diferenciado como a realização de algumas manobras reabilitadoras e tratamento médico ou mesmo cirúrgico mais específico”.
O Webinar vai decorrer já na próxima sexta-feira, 26 de novembro, das 21h às 22h20. Conheça o programa completo aqui.